Este artigo discute a realização de planos territoriais com vista ao desenvolvimento social e econômico por parte dos gestores públicos municipais. O planejamento possui como mote principal traduzir as necessidades da população por meio de objetivos e metas em prol da melhora da qualidade de vida dos cidadãos. Deste modo e considerando-se hegemonia como um fator social, o planejamento possibilita a constituição e reordenação do poder, permitindo uma redefinição dos objetivos dominantes na sociedade e a ampliação das liberdades individuais e coletivas (SEN, 2000). Em termos de aspectos metodológicos, o modelo proposto por Heidemann (1992) foi aquele utilizado para a verificação prática neste estudo. É importante ressaltar que algumas variações imperfeitas do planejamento podem acontecer, representadas desta forma pela intuição (sem informações), pela inspiração (sem deliberações) e/ou pela especulação (sem nenhuma instrução ou deliberação). Nessa perspectiva, o artigo analisou as práticas municipais em termos de planificação territorial nos municípios de Igrejinha, Riozinho e Rolante, integrantes do Vale do Paranhana e localizados no Estado do Rio Grande do Sul/Brasil. Com base nisso, procurou-se entender o que vem sendo planejado e, consequentemente, executado (ou não) acerca do constante desafio de melhorar a qualidade de vida dos habitantes nos municípios pesquisados. Ao final do estudo, são propostas algumas ações que, entende-se, poderão ser adotadas também por outras prefeituras, tendo-se como objetivo último, alcançar efetivamente os objetivos estabelecidos a fim de proporcionar condições favoráveis a todos os atores sociais envolvidos, gerando o desenvolvimento local, representados pela sua principal ferramenta: o diálogo.